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STF aprova projeto de expansão do museu da Corte para atendimento da população

By 24 de outubro de 2019No Comments

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão administrativa realizada nesta quinta-feira (24), aprovaram a expansão do atual museu da Corte. A iniciativa busca ampliar o acesso da sociedade ao acervo arquitetônico, artístico e histórico do Tribunal e dar visibilidade a outras ações e exposições que contribuam para a promoção da cidadania, da justiça e da compreensão da Constituição Federal.

No mês passado, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha apresentou um estudo de arquitetura e expografia. Ele é considerado o maior arquiteto brasileiro da atualidade e um dos cinco mais renomados do mundo, com expertise na área de museus – é autor do projeto do Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) e do plano de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo, que, assim como o Supremo, é prédio tombado pelo Patrimônio Histórico.

Vencedor do Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial, e homenageado com honrarias como o Leão de Ouro da Bienal de Veneza e o Prêmio Imperial do Japão, Paulo Mendes da Rocha afirmou que aceitou o desafio por entender a delicadeza com que o projeto deve ser realizado.

Atualmente, as instalações do museu, no segundo andar do Edifício-Sede do STF, têm cerca de 159 m² e contam com sala expositiva e espaço de guarda e conservação do acervo, que se concentra apenas na história da Corte. “A metragem atual é nitidamente incompatível com a importância da história e do acervo do STF. A carência de espaço físico dificulta a orgulhosa exibição da memória institucional”, disse o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Com o redimensionamento, o museu será transferido para o local anteriormente ocupado pelo arquivo do STF, no subsolo do Edifício-Sede, com área de aproximadamente 1,5 mil m², a partir da readequação dos espaços já existentes.

Acervo

O acervo histórico-cultural do STF é composto por objetos reunidos nos quase 211 anos de existência do órgão, desde que ele foi criado, em 1808, ainda com o nome Casa da Suplicação do Brasil. Obras de arte e objetos que hoje o compõem foram se integrando aos poucos ao Tribunal.

Integram o acervo, mobiliário e peças decorativas nos estilos Luiz XVI e Vitoriano datados de 1880, além de mobiliário utilizado na antiga Corte, no Rio de Janeiro, antes da transferência da capital para Brasília, e a coleção produzida pelo jurista brasileiro Pontes de Miranda.

Também se destacam itens da época, como cabine telefônica utilizada antigamente pelos ministros, e estátuas e bustos de bronze que homenageiam figuras ilustres da história. Entre as peças, a escultura “A Justiça”, do artista Alfredo Ceschiatti, adorna a porta simbólica que dá acesso ao Plenário. A obra é a cabeça da estátua de mesmo nome localizada em frente ao prédio, na Praça dos Três Poderes. Das pinturas, o quadro “Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje”, localizado no Hall dos Bustos, do artista plástico Massanori Uragami, traça um paralelo entre as bandeiras de Fernão Dias Paes Leme, os desbravadores da Transamazônica e a fundação de Brasília.

A conservação e o tratamento dos itens que compõem o acervo do STF têm como premissa a preservação da memória institucional e a promoção do pleno acesso à informação e à história do Supremo Tribunal Federal.

SP/EH

Source: STF

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